Justiça eleitoral põe no banco dos réus hackers que invadiram sistema do TSE em 2020. Na foto, fachada do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)Marcello Casal JrAgência Brasil

São Paulo - A Justiça Eleitoral colocou no banco dos réus quatro hackers que invadiram o sistema interno do Tribunal Superior Eleitoral às vésperas das eleições 2020, obtiveram dados de servidores da Corte e divulgaram as informações na internet. O ataque não teve impacto no pleito ou qualquer relação com as urnas eletrônicas.
Dois acusados ainda tentaram 'dificultar o funcionamento' do e-Título e impedir a realização da justificativa por georreferenciamento, aponta o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
Com a abertura da ação, os quatro denunciados vão responder por associação criminosa. Três foram acusados também de invasão de dispositivo informático; desenvolver ou introduzir programa capaz de alterar sistema de dados do serviço eleitoral; e corrupção de menores. Destes, dois também respondem por promover desordem que prejudique os trabalhos eleitorais.
De acordo com a Promotoria do DF, o grupo praticou os crimes a partir de outubro de 2020, com ajuda de um adolescente.
A investigação que culminou na denúncia foi requisitada pelo ministro Luís Roberto Barroso, então presidente do TSE.