Massacre aconteceu na manhã desta quarta-feira, 5, em Santa CatarinaReprodução: redes sociais

O pai de uma criança que presenciou o ataque a uma creche em Blumenau (SC) na manhã desta quarta-feira (5) disse se preocupar com o emocional da filha e sobre em como tirar o episódio da cabeça dela.

De acordo com ele, a menina de 5 anos presenciou o momento no qual o homem de 25 anos entrou na instituição de ensino e atacou as outras crianças. Na ocasião, quatro foram mortas e outras quatro pessoas ficaram feridas. Ao pai, ela disse que no mesmo instante "correu para a professora".

Henrique disse que a primeira coisa que a filha disse a ele foi que viu o homem pulando o muro com "uma faca e um martelo na mão", relatou à NSC, afiliada à TV Globo.

O pai disse que a menina está "bem fisicamente", mas "emocionalmente, ela está destruída": "Como vou tirar isso da cabeça da minha filha?", questionou.

O outro filho de Henrique, um menino de 8 anos, também estuda na mesma escola, mas somente a menina estava no local nesta quarta. O garoto, no entanto, também "está abalado em casa porque perdeu amigos que fazem período integral com ele".

"Quando eu a busquei, foi a primeira coisa que ela falou para mim: 'papai, eu estava no pátio e eu vi quando ele pulou o muro com o capacete rosa, uma faca e um martelo na mão'. Só que não era um martelo, era o machado. Só que ela é uma criança, de 5 anos, ela entendeu como martelo."

O ataque
Ao menos quatro crianças morreram e outras quatro ficaram feridas após um ataque a uma creche de Blumenau, em Santa Catarina, na manhã desta quarta-feira (5).

Segundo a Polícia Militar, o ataque ocorreu no Centro Educacional Infantil (CEI) Cantinho do Bom Pastor, no bairro Velha. Um homem, de 25 anos, teria invadido a instituição, que é particular, e atacado as crianças com uma machadinha. Pais, viaturas policiais e ambulâncias estão no local.

O responsável pela ação foi detido.

As aulas nas escolas da cidade foram suspensas entre esta quarta e quinta, 6. O governador Jorginho Mello decretou luto oficial de três dias após o atentado.