Fachada do colégio onde aconteceu o ataqueReprodução/Redes sociais
Em nota, o Instituto Adventista de Manaus, que pertence a uma rede privada de ensino, lamentou o ataque e informou que a escola está fornecendo informações às autoridades para ajudar nas investigações do caso. No texto, o IAM afirmou ainda que os dois estudantes e a funcionária atingidos "passam bem", e que "as medidas administrativas em relação ao agressor estão sendo adotadas".
A secretária de Educação do Amazonas, Kuka Chaves, pediu para que as famílias também contribuam na prevenção de ocorrências do tipo, fiscalizando a movimentação dos filhos nas redes sociais e se atentando às mudanças de comportamentos em casa.
"Pedimos a parceria das famílias, para que acompanhem o que tem sido visualizado nas redes sociais, em grupos de WhatsApp, mudanças no comportamento, para verificarem as bolsas dos filhos na saída de casa, os jogos que têm consumido", disse a secretária, em comunicado publicado na noite da segunda-feira. "Somente juntos podemos avançar nessa problemática que tem atingido não apenas o nosso Estado, ou o País, mas se transformou em uma questão de atenção mundial", acrescentou a chefe da pasta que, também lamentou o ocorrido e prestou solidariedade a "toda comunidade escolar do Instituto Adventista de Manaus".
Crescimento de ataques no País
O ataque à escola amazonense é mais um para uma lista de episódios semelhantes que vêm acontecendo no Brasil nos últimos dias. Em 27 de março, há duas semanas, um estudante matou à facadas uma professora de 71 anos na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Zona Oeste de São Paulo. O menor foi preso e encaminhado para a Fundação Casa.
No último dia 4, quatro crianças foram assassinadas em uma creche de Blumenau, Santa Catarina, em outro crime que chocou o país. O agressor, de 25 anos, se entregou à polícia logo depois dos ataques, que feriram outras cinco pessoas.
Nesta segunda, no mesmo dia em que o Instituto Adventista de Manaus também foi vítima desse tipo de ocorrência, a gestão Wilson Lima anunciou a criação de comitê interministerial de segurança para aumentar o monitoramento das unidades da rede estadual de ensino do Amazonas.
No anúncio, o governo afirma que este comitê, que vai trabalhar com o Núcleo de Inteligência e Segurança Escolar (Nise), também atue de forma articulada com as unidades das redes municipal e privada (caso do IAM) na troca de informações para coibir novos ataques e ameaças.
Além do monitoramento feito pelo núcleo de inteligência com o fim de coibir qualquer ato de violências nos colégios, também estão previstos no plano estadual do Amazonas os trabalhos de acolhimento psicológico e psiquiátrico aos estudantes e funcionários, e atividades educacionais e pedagógicas com o intuito de inibir comportamentos transgressores dentro das escolas, como bullying, ciberbullying, racismo e uso e tráfico de drogas.
"Avançaremos em políticas voltadas para combater a violência nas escolas, a fim de que atos como este não voltem mais a acontecer, nem a fazer mais vítimas nas unidades de ensino no nosso país", afirmou Kuka Chaves em seu comunicado.
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