Ministro do STF, Luís Roberto BarrosoCarlos Alves Moura/ STF
Barroso participa de aula sobre desinformação e nega orgia em Cuba: 'mentira passou a ser estratégia política'
Ministro do STF criticou as mentiras criadas nas redes sociais durante evento
Brasília - O ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso afirmou nesta terça-feira (11) que não é o autor da frase “eleição não se ganha, se toma”. O esclarecimento do magistrado foi feita em uma aula inaugural do curso Democracia e Combate à Desinformação, organizada pela Escola Superior da Advocacia-Geral da União.
Barroso explicou aos participantes da aula que as redes sociais possuem enorme importância para a sociedade atual. Porém, destacou que há muitas desinformações e mentiras nas plataformas digitais e os conteúdos falsos são propagados com rápida velocidade como se fossem verdadeiras.
O ministro relembrou que um vídeo fake passou a circular nas redes sociais no ano passado com o intuito de prejudicá-lo.
“Eu nunca disse que ‘eleição não se ganha, que eleição se toma’. Nunca disse isso. Mas, se entrarem na Internet, eles fazem uma edição macabra de textos separados e colocam. Portanto, a mentira passou a ser uma estratégia política. E aí é preciso ter uma coisa clara: esse não é um problema ideológico. Pode ser conservador, pode ser progressista, pode ser liberal. A mentira é um problema ético, não é um problema político”, esclareceu.
Barroso nega orgia em Cuba
O ministro do Supremo também negou que tenha sido chantageado pelo ex-ministro José Dirceu. Segundo informações falsas propagandas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), Barroso teria participado de uma orgia em Cuba e o petista revelaria a história, caso o magistrado não seguisse suas ordens.
“Eu não sou chantageado pelo ministro José Dirceu por uma orgia que participamos em Cuba. Milhões de acessos. Quase um milhão de acessos. Eu nunca fui a Cuba. Eu não sou dado a orgias e não tenho nenhum tipo de contato com o ex-ministro José Dirceu. Eu não sei de onde alguém inventou uma história dessa. Mas as pessoas passam a acreditar. Se alguém entrar na Internet, vai ver ‘e aí, como foi a orgia?’. Inacreditável”, disse o ministro.