Movimentação de Eduardo Leite incomodou políticos e filiados do PSDBReprodução/IG
Embora a entrevista de Eduardo não tenha dado indícios dos rumos do PSDB, a afirmação não pegou bem. Mesmo que a intenção dele seja levar Zema e Tarcísio para o partido, a manobra não seria bem vista pelos filiados. "Historicamente, a gente sempre criou grandes líderes dentro dos nossos quadros. Não precisamos ir buscar políticos prontos para nos usar como legenda de aluguel", reclamou um filiado.
A eleição de Eduardo Leite se deu num dos piores momentos da história do PSDB. Além de perder muitas cadeiras no Congresso, o partido sequer teve candidato à presidência pela primeira vez desde a a sua fundação. Para piorar, a sigla que comandou o estado de São Paulo sequer conseguiu ir ao segundo turno. Depois disso tudo, ainda perdeu quadros valiosos como João Dória e Geraldo Alckmin.
O governador do Rio Grande do Sul, que tentou se lançar candidato a presidente e não conseguiu, se elegeu tentando recolocar o PSDB na rota da política. Mas ao dizer que pretende apoiar Zema e Tarcísio, em uma improvável chapa, acabou com a lua de mel entre ele e os filiados. Nos bastidores, os caciques do PSDB entenderam que não há um plano para formação de novos líderes e que o próprio Leite já se colocou fora da disputa. "Se ele se sente incapaz, por que tentou em 2022?", questionou um deputado.
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