GDias pediu demissão na última quarta-feira José Cruz/Agência Brasil
Moraes tinha solicitado acesso à lista na quarta-feira (19), após a divulgação de imagens de câmera de segurança que mostram o ex-ministro do GSI Gonçalves Dias no Planalto durante a invasão de bolsonaristas. O ministro ainda pediu informações sobre cumprimento das decisões de obtenção de todas as imagens das câmeras do Distrito Federal.
"Na data de hoje, a imprensa veiculou gravíssimas imagens que indicam a atuação incompetente das autoridades responsáveis pela segurança interna do Palácio do Planalto, inclusive com a ilícita e conivente omissão de diversos agentes do GSI", afirmou Moraes, em sua decisão.
O STF ainda pediu para que a PF informe se os militares citados na lista foram ouvidos pelos investigadores. A Polícia Federal já ouviu 80 militares sobre as participações nos atos antidemocráticos.
A lista entregue à Suprema Corte também deve ser usada para abrir sindicâncias contra funcionários do GSI. Capelli quer agilizar o processo e fazer uma “limpa” na pasta nos próximos dias.
Demissão de GDias
Segundo as filmagens, às 16h29, Gonçalves Dias andava pelo terceiro andar do Palácio, na antessala do gabinete do presidente da República. Ele tenta abrir duas portas e depois entra no local.
Minutos depois, o general aparece caminhando pelo mesmo corredor com alguns dos responsáveis pelos atos. As gravações sugerem, conforme a CNN, que ele indicava a saída de emergência ao grupo.
Depois, outros integrantes do GSI também aparecem nas imagens, parecendo indicar o caminho de saída aos invasores que estavam no terceiro andar do prédio.
As imagens mostram, em diversos momentos, funcionários do GSI e invasores circulando pelo Planalto.
GDias prestou depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira. Ele ficou cerca de cinco horas explicando das imagens e os motivos do GSI ter negado o acesso à câmera de segurança.
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