O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse neste sábado, 22, que só decidirá sobre o fim, ou não, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) após o retorno ao Brasil, previsto para quarta-feira, 26. Lula está em Portugal, onde espera assinar acordos bilaterais entre os países.
Questionado por jornalistas sobre o pedido de demissão do ex-ministro da pasta, Marco Edson Gonçalves Dias, Lula disse que está na Europa para discutir questões de interesse dos dois países e não problemas internos do Brasil.
"Eu vou decidir essas coisas do GSI quando eu voltar. Vou tomar a decisão que achar mais importante para o Brasil", disse.
Na quarta-feira, 19, o general Gonçalves Dias pediu demissão do comando do GSI depois que foram divulgados vídeos em que o mostram andando entre invasores do Palácio do Planalto no ato terrorista de 8 de janeiro. As imagens da CNN Brasil exibem o ex-ministro abrindo uma porta para os golpistas saírem do terceiro andar.
O vídeo também flagrou servidores do GSI conversando, cumprimentando e oferecendo água para os bolsonaristas que invadiram o Palácio do Planalto.
CPI do 8 de janeiro
O presidente também foi perguntado sobre a CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro. Lula se limitou a dizer que essa é uma questão que não está dentro da sua alçada. "CPI é coisa do Congresso Nacional. Eles decidem. Façam quando quiserem fazer, o presidente da República não vota no Senado nem na Câmara, os deputados decidem", declarou
Os prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos por bolsonaristas na tarde de 8 de janeiro. Eles protestaram contra a vitória de Lula e o uso das urnas eletrônicas.
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