Guilherme Boulos (PSOL-SP) será o relator da medida provisória Pablo Valadares/Agência Câmara

São Paulo - A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, se reuniu na última quinta-feira, 20, com vereadores do partido de São Paulo para debater as estratégias as eleições de 2024. Os parlamentares pediram que ela convença o deputado federal Guilherme Boulos deixar o PSOL-SP para concorrer a prefeitura da capital pela legenda.

De acordo com o jornal 'Folha de S.Paulo', os oito vereadores entregaram uma carta para Gleisi. No documento, os parlamentarem disseram que souberam do acordo feito entre Boulos e a direção nacional da legenda por meio da imprensa e isso pode prejudicar o PT na cidade, além de impactar negativamente as candidaturas à Câmara Municipal.

O acordo citado na carta é sobre a direção nacional petista ter dito que apoiará o deputado federal na corrida na cidade paulista, desde que ele deixasse a candidatura para o governo de São Paulo no ano passado. O professor de história cumpriu sua parte, concorreu ao cargo de deputado federal e venceu com o maior número de votos no estado paulista.

Vereadores petistas defendem que a aliança seja cumprida, mas que Boulos se transfira para o PT. O argumento usado é que o movimento fortaleceria "o partido, a militância e a chapa proporcional".

Na carta, os petistas ainda destacam que, caso ele permaneça no PSOL e o PT o apoie, será a primeira vez que o partido ficará sem um representante encabeçando a chapa majoritária na capital paulista.

Os vereadores ainda querem grande valor dos fundos partidários e eleitoral, a participação ativa de Lula na campanha, participação na formulação do plano de governo, cargos em um eventual governo e a indicação do vice na chapa liderada por Boulos.

Porém, a tendência é que Boulos permanência no PSOL, já que é atualmente o principal quadro da sigla.

Boulos x PT
Em 2022, Boulos abriu mão da sua candidatura ao governo de São Paulo e apoiou Fernando Haddad. O atual ministro da Fazenda e Gleisi Hoffmann falaram publicamente que estarão no mesmo palanque o psolista, porque vão cumprir o acordo firmado.

No entanto, lideranças do PT paulistano tentam “melar” a aliança. O desejo da base de São Paulo é que o partido não fique sem candidato.