Os parlamentares querem saber a versão de Ricardo Capelli sobre a ação de militares do GSI durante a invasão ao Palácio do PlanaltoJerônimo Gonzalez

Brasília - A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 25, a convocação do ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Capelli, para explicar as ações do GSI durante os ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília. A oitiva está marcada para o dia 16 de maio.
Como é uma convocação, Capelli será obrigado a participar da comissão. O requerimento foi protocolado por deputados da oposição. Os parlamentares querem entender a ação de militares do GSI durante a invasão ao Palácio do Planalto. Em imagens de câmera de segurança, é possível ver agentes interagindo e distribuindo garrafas de água para os golpistas.
A comissão deve questionar Capelli sobre as gravações e os trabalhos para identificar militares que participaram dos atos. Os deputados ainda querem pressionar o ministro interino do GSI sobre a participação do general Gonçalves Dias, seu antecessor no comando da pasta.
O general Gonçalves Dias foi convidado para uma oitiva com os parlamentares na última quarta-feira, 19, mas deixou de comparecer após a divulgação de imagens que mostram sua ida ao Palácio do Planalto durante a invasão de bolsonaristas. Ele apresentou um atestado médico aos deputados e pediu demissão no fim da tarde do mesmo dia.
Segundo as filmagens, às 16h29, G. Dias, como é conhecido, andava pelo terceiro andar do Palácio, na antessala do gabinete do presidente da República. Ele tenta abrir duas portas e depois entra no local.
Minutos depois, o general aparece caminhando pelo mesmo corredor com alguns dos responsáveis pelos atos. As gravações sugerem que ele indicava a saída de emergência ao grupo.
Na última sexta-feira, 21, G. Dias prestou depoimento à Polícia Federal e negou atuado a favor dos golpistas.