Saúde não confirmou o que será feito com a metade restanteMarcello Casal Jr/Agência Brasil

Brasília - O Ministério da Saúde anunciou a troca de 31,5 milhões de comprimidos anticoncepcionais que estavam em estoque e próximos da data de vencimento, comprados durante o governo de Jair Bolsonaro. O número representa mais da metade dos medicamentos a ser descartados por não poderem ser entregues aos Estados em tempo hábil para distribuição.
De acordo com a pasta, aproximadamente 60 milhões de unidades do medicamento levonorgestrel+etinilestradiol adquiridos pela gestão anterior, estavam com validade prevista para os próximos meses, não havendo prazo suficiente para distribuir. O ministério não confirmou o que será feito com a metade restante, embora o protocolo comumente adotado nesses casos seja a incineração dos medicamentos.
Procurado, o ex-ministro Marcelo Queiroga disse que o governo atual "devia cuidar da gestão da saúde, em vez de terceirizar responsabilidades" e destacou que a pandemia afetou estoques.