Bolsonaro é investigado por suspeita de adulteração do cartão de vacinaçãoEvaristo SA / AFP
“Recebemos a cópia do processo, que tem quase 200 páginas. Vamos virar a noite estudando capa a capa do processo, razão pela qual o depoimento do [ex] presidente Bolsonaro foi adiado a pedido da defesa. Tão logo a defesa tenha total ciência dos fatos, será agendado o depoimento”, declarou Fábio Wajngarten, assessor jurídico e advogado do ex-chefe do Executivo.
Entenda o caso
Entre os alvos de prisão está o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de Bolsonaro , o policial militar Max Guilherme, o militar do Exército Sérgio Cordeiro, seguranças próximos do ex-presidente, o sargento do Exército Luís Marcos dos Reis, assessor de Bolsonaro, o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Barros e o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha.
A operação intitulada de Venire foi deflagrada no inquérito das milícias digitais do Supremo Tribunal Federal (STF), que tem como relator o ministro Alexandre de Moraes.
O objetivo da operação é investigar um grupo que teria fraudado vacinação contra a Covid-19 no Ministério da Saúde entre novembro de 2021 e dezembro de 2022.
"Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid", afirma a Polícia Federal.
"Não existe adulteração da minha parte. Eu não tomei a vacina, ponto final, nunca neguei isso", disse Bolsonaro.
"O que eu tenho a dizer a vocês? Eu não tomei a vacina. Uma decisão pessoal minha, depois de ler a bula da Pfizer, decidi não tomar a vacina. O cartão de vacina da minha esposa também foi fotografado, ela tomou a vacina nos Estados Unidos, da Janssen. E a outra, minha filha, Laura, de 12 anos, não tomou a vacina também, tem laudo médico no tocante isso", completou Bolsonaro.
Sobre os agentes da PF terem realizado uma operação na residência onde mora, o ex-presidente disse ter ficado "surpreso".
"No resto, eu realmente fico surpreso com a busca e apreensão por esse motivo. Eu não tenho mais nada a falar", afirmou o ex-presidente.
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