Michelle Bolsonaro durante evento do PLReprodução/Redes Sociais

Após criticar a cota de 30% que os partidos brasileiros precisam cumprir de candidaturas femininas e recursos eleitorais a mulheres, a presidente do PL Mulher e esposa do ex-presidente da República, Michelle Bolsonaro, refez a fala e se desmentiu afirmando que concorda com a medida.

"Retificando, eu sou a favor da cota, sim. Nós queremos mulheres na política pelo seu potencial, pelo seu protagonismo. Nós não queremos apenas cumprir uma cota de 30%. Nós acreditamos no potencial de cada mulher que entra na política brasileira. Muito obrigada pelo carinho de cada um de vocês", disse Michelle em um vídeo publicado nos Stories de sua conta no Instagram na tarde deste sábado, 6.

Em um evento do PL Mulher em São Paulo, neste sábado, que empossou a deputada federal Rosana Valle (PL-SP) como presidente do diretório estadual de São Paulo do PL Mulher, Michelle afirmou que deseja "muheres na política pelo seu potencial".

" Nós queremos erradicar a cota dos 30%, queremos mulheres na política pelo seu potencial ", afirmou ela durante o evento.
Jair Bolsonaro também esteve na cerimônia e se declarou uma "alternativa política" ao Brasil.

"Só a morte coloca um ponto final nas nossas vidas, enquanto ela não chegar estaremos à disposição para sermos uma alternativa política”, disse o ex-presidente que foi recebido no evento com o seu jingle de campanha do ano passado, "Capitão do povo", e gritos de "mito".
Michelle e Jair Bolsonaro durante evento do PL - Reprodução/Redes Sociais
Michelle e Jair Bolsonaro durante evento do PLReprodução/Redes Sociais


A ida de Bolsonaro a São Paulo ocorre três dias após ele ter se tornando alvo de uma operação da Polícia Federal (PF). O ex-presidente é investigado por suposta participação em um esquema de falsificação de cartões de vacinação.

Na última quarta-feira, 3, agentes da PF fizeram busca e apreensão na residência de Bolsonaro em Brasília. De acordo com a polícia, os documentos de imunização contra a Covid-19 dele e de sua filha mais nova, Laura, teriam sido adulterados às vésperas da viagem do ex-chefe do Executivo a Orlando, na Flórida (EUA), em dezembro passado. O tema não foi abordado no evento.