O presidente do PL, Valdemar Costa Neto admitiu que Bolsonaro teve dificuldades para se comunicar com os brasileiros durante a corrida eleitoralMarcello Casal Jr/Agência Brasil

Brasília - O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, falou que o ex-presidente Jair Bolsonaro "não é uma pessoa normal". Em entrevista, nesta terça-feira (16), ao programa 'Estúdio I', da 'GloboNews', o cacique político avaliou que Bolsonaro enfrentou dificuldades para se comunicar com os brasileiros.

Após dizer que Bolsonaro "não é uma pessoa normal", Valdemar relatou que seu aliado tem um carisma e popularidade que é difícil "para entender". "Ele é acima do normal, ele é um fenômeno", comentou Valdemar.

Ele também disse que, graças ao ex-presidente, Tarcísio Gomes de Freitas conseguiu ser eleito governador de São Paulo e Marcos Pontes obteve votos suficientes para se tornar senador pelo estado paulista. Na visão do presidente do PL, Bolsonaro foi um grande cabo eleitoral.

Porém, Costa Neto admitiu que o ex-presidente falhou ao não ser mais firme com os seus apoiadores. Ele relatou que Bolsonaro precisava ser mais direto e pedir para as pessoas não ficarem nos acampamentos durante o Natal. "Falha de comunicação", opinou.

"O Bolsonaro ficou muito abatido depois do segundo turno, não conseguiu se dirigir a essa gente. Deixou essa gente triste, porque, inclusive, muita gente pensava que ele queria que o pessoal continuasse lá e ele não queria, mas ele não falou. O Bolsonaro não é uma pessoa como nós, ele não é uma pessoa normal. Eu não estou dizendo que ele é errado ou certo", completou o presidente do PL.

Valdemar nega golpe
O presidente do PL também afirmou que não houve tentativa de golpe. "Ninguém dá golpe com pedaço de pau. Golpe a gente dá com metralhadora, tanque de guerra". Aquilo nunca foi um golpe", declarou.

Outro ponto abordado por Valdemar foi a possibilidade de Jair Bolsonaro se tornar inelegível por conta das investigações em vigência. Ele definiu a inelegibilidade do ex-presidente como "impossível".

"Eu acho impossível Bolsonaro ficar inelegível, pois ele falou alguma coisa no passado como presidente. Acho que isso não existe e que ele jamais ficará inelegível. É minha opinião", disse.