Fernando Haddad recebeu carta branca do presidente Lula para apresentar as medidas que achar necessária para implementação do arcabouço fiscalAFP
Nas últimas semanas, petistas que fazem parte do grupo liderado por Hoffmann e Aloizio Mercadante criticaram trechos do arcabouço e pressionaram a área econômica para ajustes. A maior insatisfação é em relação aos gatilhos do projeto.
A presidente do PT chegou a dizer que a legenda quer um arcabouço que "desfigure menos a proposta do governo". O bombardeio petista irritou Haddad, que levou a questão para Lula. O ministro confessou estar se sentindo "fritado" e voltou a perguntar qual caminho deverá seguir em relação ao marco fiscal.
O presidente da República, que já leu os principais trechos do projeto, defendeu o plano do ministro da Fazenda e deu carta branca para ele seguir com a nova âncora fiscal. Na avaliação do chefe do Executivo federal, o arcabouço atende aos interesses do governo e também dos investidores.
A âncora também tem o apoio de Geraldo Alckmin, vice-presidente do Brasil, que sempre lembra que Lula prometeu "previsibilidade" e "responsabilidade" com as contas públicas e enxerga o projeto de Haddad o melhor caminho para ganhar a confiança do mercado financeiro, mas sem deixar de investir em ações sociais.
Com o sinal verde do presidente, o ministro ficou mais confiante e seguirá defendendo o arcabouço ao dialogar com o Congresso Nacional.
Gleisi Hoffmann não vai diminuir a ofensiva
Porém, o presidente da República já avisou que não aceitará "oposição" por parte do PT. Se ele sentir que o clima não é bom, tomará providências.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.