Maria Luísa Viotti é a primeira mulher a ocupar o cargo de chefia na embaixada brasileira em WashingtonUN Photo/Rick Bajornas
No mês passado, Lula visitou os Emirados Árabes e acusou os norte-americanos e a União Europeia de contribuírem para a prorrogação da guerra na Ucrânia, invadida pela Rússia em fevereiro de 2022. A Casa Branca e os europeus condenaram os posicionamentos do presidente brasileiro, argumentando que o petista estava reproduzindo o discurso dos russos.
Com a repercussão negativa internacionalmente, Lula se retratou. Ele negou estar ao lado de Vladimir Putin e disse que a Rússia era a maior responsável pelo conflito, pois invadiu o território ucraniano. Porém, o governante reafirmou que o Brasil seguirá defendendo a paz para que os dois países dialoguem.
A embaixadora enfatizou o posicionamento do petista ao falar que o Brasil condena a invasão na Ucrânia. “Não poderia deixar de ser, porque se trata de uma violação do direito internacional”.
“Nós temos posições que são muito próximas às dos Estados Unidos, mas, às vezes, há nuances de posição, e isso é natural num relacionamento entre dois aliados”, comentou ao explicar que o Palácio do Planalto quer que russos e ucranianos discutam um acordo para encerrar o conflito.
“Há uma coincidência muito grande entre os presidentes Biden e Lula sobre a importância de relançarmos um diálogo estreito, uma cooperação em áreas críticas”, acrescentou.
Viotti foi aprovada pelo governo norte-americano em janeiro. Ela será a primeira mulher a ocupar o cargo de chefia na embaixada brasileira em Washington, capital dos Estados Unidos.
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