Primeira reunião do colegiado da CPI do MST ocorreu nesta terçaMarcelo Camargo/Agência Brasil
“São poucos os assentados que realmente produzem alguma coisa. Queremos levantar quem está à frente desses atos criminosos, dessa marginalidade que invade terras produtivas”, afirmou Éder.
Assunção não se segurou e começou a gritar contra o colega de Câmara. Ele deu socos na mesa e avisou para todos os presentes que não ficaria calado diante das acusações. “Sou deputado federal. Não sou marginal. Você não vai generalizar”, declarou o deputado.
Éder chegou a reclamar da situação e disse que estava sendo interrompido pelo colega. No meio do bate-boca, Talita Petroni (PSOL-RJ) e Sâmia Bomfim (PSOL-SP) saíram em defesa do deputado petista e lembraram que Mauro foi investigado por um suposto envolvimento em crime de tortura.
“Quem está acusando é quem apoia tortura”, disseram as deputadas. Porém, o processo foi julgado improcedente pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, ou seja, o deputado é inocente.
O começo da CPI
A comissão ainda fará diligências em assentamentos ocupados por pessoas envolvidas com o Movimento dos Sem Terra. Os trabalhos estão previstos para ocorrer nos próximos sete dias em São Paulo, Bahia e Mato Grosso do Sul.
“Apresentaremos o plano de trabalho da CPI e fizemos questão de, neste primeiro momento, contemplar as solicitações para depoimentos de nomes de todos os espectros políticos”, explicou o deputado Zucco (Republicanos-RS).
CPI do MST
A Comissão Parlamentar de Inquérito tem como objetivo principal apurar quem são os financiadores das recentes ocupações feitas pelo Movimento dos Sem Terra, que totalizam 60 ações desde que Lula assumiu a presidência.
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