Lira é acusado de ser dono de R$ 106 mil encontrados com um assessor dele preso tentando embarcar no Aeroporto de Congonhas, em 2012Zeca Ribeiro/Agência Câmara
O processo estava parado desde 2020, quando o ministro Dias Toffoli pediu vista. A ação voltou a ser pauta na última quarta-feira, 31, após o magistrado liberar o caso.
Lira é acusado de ser dono de R$ 106 mil encontrados com um assessor dele preso tentando embarcar no Aeroporto de Congonhas, em 2012. O funcionário afirmou que o valor seria entregue ao parlamentar.
A PGR então enviou uma denúncia ao STF e afirmou haver indícios da participação do presidente da Câmara nos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Após o ofício, a defesa de Lira entrou com o recurso na Suprema Corte.
Segundo a denúncia, Lira teria recebido o valor como propina em troca da manutenção de Francisco Cabalero Colombo no cargo de presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Ele nega os crimes.
Os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Marco Aurélio Mello (ministro aposentado) já votaram a favor da denúncia. O voto de Mello, porém, poderá ser alterado por seu substituto, André Mendonça, caso peça uma questão de ordem.
Rosa Weber também votou favorável à abertura de processo contra Lira. Ela deixou a primeira turma após assumir a presidência da Corte e deixou a cadeira vaga para Cristiano Zanin, caso seu nome seja aprovado na sabatina no Senado.
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