Para além dos problemas de articulação política, a relação entre Lula e Lira piorou ainda mais após a PF deflagrar uma operação contra aliados do presidente da CâmaraMarcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promove nesta quarta-feira, em Recife (PE), o relançamento do Farmácia Popular, vitrine das primeiras gestões petistas que foi reformulada pelo governo. A partir de agora, o programa vai oferecer, via Sistema Único de Saúde (SUS), os 40 tipos de remédios disponíveis de forma totalmente gratuita a beneficiários do programa Bolsa Família.
No caso das mulheres, haverá ainda a distribuição de anticoncepcionais e medicamentos contra a osteoporose também sem custo. Até então, esses dois tratamentos eram oferecidos com desconto de 50%. O rol de gratuidade já incluía tratamento de diabetes, asma e hipertensão, além de desconto de 90% para dislipidemia, rinite, doença de Parkinson, glaucoma e fraldas geriátricas. Tudo isso está mantido no novo Farmácia Popular.Antes do Farmácia Popular, as pessoas iam ao posto, eram atendidas pelo médico. Ganhavam uma receita de remédio, colocavam em cima da mesa e morriam com a receita ali, porque não tinham dinheiro para o remédio. Isso não vai mais acontecer no Brasil.
— Lula (@LulaOficial) June 7, 2023
O evento de relançamento do programa conta com a presença da ministra da Saúde, Nísia Trindade, que sofre uma ofensiva do Centrão para perder o cargo. O PP, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e que apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições do ano passado, quer comandar a pasta.
O Ministério da Saúde ainda liberou o cadastro de mais farmácias no programa e espera, até o fim do ano, ter a adesão de 5.207 municípios brasileiros, o equivalente a 93% do território nacional.
O Farmácia Popular foi criado no primeiro governo Lula, em 2004.
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