Para além dos problemas de articulação política, a relação entre Lula e Lira piorou ainda mais após a PF deflagrar uma operação contra aliados do presidente da CâmaraMarcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promove nesta quarta-feira, em Recife (PE), o relançamento do Farmácia Popular, vitrine das primeiras gestões petistas que foi reformulada pelo governo. A partir de agora, o programa vai oferecer, via Sistema Único de Saúde (SUS), os 40 tipos de remédios disponíveis de forma totalmente gratuita a beneficiários do programa Bolsa Família.
No caso das mulheres, haverá ainda a distribuição de anticoncepcionais e medicamentos contra a osteoporose também sem custo. Até então, esses dois tratamentos eram oferecidos com desconto de 50%. O rol de gratuidade já incluía tratamento de diabetes, asma e hipertensão, além de desconto de 90% para dislipidemia, rinite, doença de Parkinson, glaucoma e fraldas geriátricas. Tudo isso está mantido no novo Farmácia Popular.

O evento de relançamento do programa conta com a presença da ministra da Saúde, Nísia Trindade, que sofre uma ofensiva do Centrão para perder o cargo. O PP, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e que apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições do ano passado, quer comandar a pasta.

O Ministério da Saúde ainda liberou o cadastro de mais farmácias no programa e espera, até o fim do ano, ter a adesão de 5.207 municípios brasileiros, o equivalente a 93% do território nacional.
O Farmácia Popular foi criado no primeiro governo Lula, em 2004.
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