Força do ciclone na da praia de Ipanema, zona sul de Porto AlegreReprodução/Twitter

Um ciclone extratropical, responsável por causar fortes chuvas e ventos, atua fortemente nas regiões Sul e Sudeste no Brasil. As condições climáticas provocadas pelo fenômeno causaram tempestades, deslizamentos de terra, queda de barreiras e alagamentos, principalmente em cidades do Norte do Rio Grande do Sul e no litoral de São Paulo .

Segundo o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), o estado de Santa Catarina está com aviso de chuva intensa. No Rio Grande o Sul, o aviso é de grande perigo até a tarde desta sexta-feira, 16, com atenção principalmente para as cidades de Caxias do Sul e Porto Alegre.

Na quinta-feira, 15, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alertou para um grande risco de alagamentos, transbordamentos de rios e deslizamentos de encostas, principalmente nas cidades litorâneas. É esperado que chova a 60 mm/h ou acima de 100 mm/dia em São Paulo. No litoral de Santa Catarina e no norte do Rio Grande do Sul, as projeções variam de 200 a 300 mm.

Segundo o MetSul, a meteorologia registrou rajadas de vento ao redor de 70 km/h em Porto Alegre já nesta sexta-feira, 16. Eles alertam ainda que a chuva se mantenha até 400 mm ou 500 mm na encosta da Serra, no Litoral. "População em cidades da encosta deve IMEDIATAMENTE buscar terreno alto. É situação de extremo perigo à vida", diz o alerta.

Nesta madrugada, as chuvas somaram 50 mm a 60 mm em alguns bairros de Porto Alegre e em vários pontos da região metropolitana. Até às 9h desta sexta, os acumulados atingiram 245 mm em Maquiné e 150 mm a 200 mm em pontos do Vale do Sinos.

Orla da praia de Ipanema, zona sul de Porto Alegre. Aos poucos o ciclone começa a deixar a costa do estado, mas ainda os alertas estao emitidos, Litoral, serra, paranhana, vale do sinos e Porto Alegre, vivem um caos na passagem do ciclone. pic.twitter.com/Z7hgEwXVzW

— Juliano aguiar (@Juliano85518155) June 16, 2023 ">
O que são os ciclones extratropicais?
Ao iG, a meteorologista Andrea Ramos, do Inmet, afirma que o ciclone extratropical é "um centro de baixa pressão, formado conforme a instabilidade do encontro entre massas de ar quente e frio. Tivemos uma frente que se deslocou, o que é comum para a época de outono/inverno".
As chuvas e os ventos são espalhados por conta da baixa pressão na atmosfera, que resfria e transforma a umidade em nuvens.

O fenômeno presente neste momento na costa do Brasil, "atua mais na faixa leste, com formação de início em São Paulo, que desceu para a costa de Santa Catarina e Rio Grande do Sul", explica a especialista.

Além das chuvas e rajadas de vento, Andrea alerta para a queda de temperatura proporcionada pela massa de ar fria acompanhada do ciclone. Algumas cidades do Rio Grande do Sul registraram temperaturas negativas e geadas nessa quinta-feira, 15, por conta do fenômeno.

A meteorologista afirma que o ciclone deve se afastar da costa sul brasileira ainda nesta tarde de sexta-feira, se direcionando ao Oceano Atlântico, causando chuvas em estados do Sudeste.
"Ele vai se afastar da região Sul, mas ainda, sim, vai induzir e vai levar chuvas para a região Sudeste. São Paulo e Rio de Janeiro terão chuvas ainda hoje e amanhã, quando o Espírito Santo e o sudeste de Minas Gerais também serão atingidos", explica Andrea Ramos.
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