Para o presidente do STM, Francisco Joseli Parente Camelo, militar da ativa não pode ter atuação políticaSTM/Divulgação

O presidente do Supremo Tribunal Militar, Joseli Parente Camelo, afirmou nesta segunda-feira, 19, criticou o tenente-coronel Mauro Cid. Em entrevista ao programa Estúdio i, o chefe do STM declarou que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) era o “muro das lamentações” do ex-presidente.
Mauro Cid, conhecido por ter sido braço direito do ex-presidente, foi preso em 3 de maio por suposta participação em um esquema para falsificar comprovantes de vacina contra a Covid-19 com o objetivo de beneficiar Bolsonaro, a si próprio, familiares de ambos e amigos.

"O ajudante de ordens (...), como ele está muito próximo da autoridade, acaba sendo o muro das lamentações", falou Camelo.

O presidente do STM também considerou grave o fato de a Polícia Federal encontrar documentos com um roteiro para um golpe de Estado encontrado no aparelho celular de Mauro Cid. Porém, declarou que é preciso esperar as investigações para ter uma conclusão definitiva.

“Realmente, os indícios de [planejamento de] golpe (...) foram fortes, mas temos que dar a oportunidade de todas as pessoas se defenderem”, comentou Camelo, que trata como “muito prejudicial” a atuação de militares da ativa na política.

Joseli Camelo faz críticas por Bolsonaro
Joseli Camelo afirmou que, na opinião dele, militares podem participar da política, desde que se afastem das Forças Armadas. Na sua avaliação, a entrada de profissionais das Forças Armadas nas articulações políticas é de responsabilidade de Bolsonaro.
“Militares não podem estar na política”, opinou. “Não foi bom, pois acabou, de certa forma, levando um certo contágio para aqueles militares estavam na ativa em suas atividades”.