O prestador de serviços Joel de Oliveira, de 62 anos, conteve o assassino de 21 anos que matou dois jovens estudantes do Colégio Estadual Prof. Helena Kolody, em Cambé, no norte do Paraná, após um atentado com arma de fogo. Oliveira contou que trabalhava ao lado da escola quando escutou os tiros e pessoas correndo, e se dirigiu ao local. Ao entrar no colégio, ele ficou frente a frente com o assassino. “Vi o que podia fazer para salvar as crianças, porque tava todo mundo correndo; senti que tinha que fazer alguma coisa", disse.
Em entrevista a RCP e G1 Londrina, Joel contou que não havia ninguém no portão da escola, apenas estudantes correndo para fora. Frente ao assassino, Joel falou que era policial. "Falei: 'sou policial, para'. Aí consegui dominar ele lá, deitei ele no chão e segurei até a polícia chegar”, diz. “Não tive medo, na hora eu vim tentar salvar mais crianças; o rapaz estava com muita munição e podia, em qualquer momento, atirar em todo mundo ali", relatou. Após os disparos, a Polícia Militar foi acionada e chegou ao local em poucos minutos.
O caso
Na segunda-feira, 19,, um ataque a tiros foi provocado por um ex-aluno de 21 anos, que foi preso pela Polícia Militar logo após o atentado. Ele foi até a direção da escola para pedir o histórico escolar, quando realizou os disparos. No atentado, ele baleou uma menina de 17 anos, que não resistiu e morreu no local, e um jovem de 16 anos, que foi levado para o Hospital Santa Casa de Misericórdia de Cambé e transferido para o Hospital Universitário de Londrina.
A assessoria do hospital informou ao iG, nesta terça-feira, 20, que o jovem não resistiu aos ferimentos e veio a óbito. Umo homem, de 21 anos, suspeito de auxiliar no ataque, também foi preso. As aulas em Cambé estão suspensas, em colégios municipais e estaduais, por tempo indeterminado. O governador Ratinho Júnior (PSD) decretou luto oficial de três dias.
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