Informação foi confirmada pela assessoria do senadorJefferson Rudy/Agência Senado

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) entrou nesta quarta-feira (21) com um pedido para se afastar do Senado por 115 dias para cuidar da saúde. A informação foi confirmada pela assessoria do parlamentar.

Na terça-feira (20), Marcos do Val precisou ser atendido pelo ambulatório da Casa após ter um mal-estar. Em um vídeo publicado pelo jornalista Túlio Amâncio, o senador afirmou ter apresentado quadro de pressão alta.

No pedido, do Val afirmou que os médicos recomendaram o tempo para se dedicar à saúde. O prazo de 115 dias não permite o Senado a convocar a suplente Rosana Foerst.

A reportagem questionou a assessoria do senador sobre o prazo e os motivos pela recusa da nomeação da primeira suplente, mas não obteve retorno.

Em nota, Marcos do Val disse ter condicionado seu afastamento à nomeação do senador Marcos Rogerio (PL-RO) para seu lugar na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de Janeiro. Do Val tem feito defesas à inocência dos golpistas e tentado colocar o Palácio do Planalto como atuante nos atos antidemocráticos, que deve ganhar mais força com Rogerio na CPMI.

Operação da Polícia Federal
Marcos do Val foi alvo de uma operação da Polícia Federal na última semana, após uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O senador é investigado por obstruir as investigações sobre os atos antidemocráticos.

A PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços do parlamentar no Espírito Santo e no gabe dele no Senado. O celular de Do Val foi apreendido.

O senador acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro de articular um plano de golpe e tentar gravar falas comprometedoras do ministro Alexandre Moraes. Após a repercussão, Marcos do Val disse que as afirmações eram apenas uma técnica de persuasão contra a imprensa.

Ele prestou depoimento aos investigadores da PF e negou ter mentido no caso. A Polícia Federal chegou a pedir a prisão do parlamentar, mas foi negado pelo STF.