Leila Barros foi a relatora do projeto no SenadoPedro França/Agência Senado
Nos bastidores, deputados falam em "sabotagem" do trabalho da Câmara e dizem ter estranhado o fato de apenas a relatora do projeto no Senado, Leila Barros (PDT-DF), ter sido chamada para a sanção do texto, ao lado de Lula e da ministra do Esporte, Ana Moser.
"Uma lei que foi muito discutida e debatida na Câmara, inclusive tendo comissão especial, com mais de 30 audiências públicas, com federações, atletas, árbitros, com a participação do Atletas pelo Brasil, que a própria ministra Ana Moser faz parte... A gente fica procurando onde teve tanto erro por parte do Congresso. Como você tem um veto de 134 dispositivos?", disse o deputado Felipe Carreras (PSB-PE), coordenador da Frente Parlamentar em Defesa do Esporte e relator do projeto de lei na Câmara. "Ninguém da Câmara dos Deputados foi ouvido em relação a isso. A gente tentou equiparar a Lei de Incentivo do Esporte à Cultura. Achamos que o Esporte não tem que ter mais que a Cultura, mas também não tem que ter menos", afirmou Carreras.
Integrante da base do governo, Carreras lidera o chamado "blocão", a maior aliança formada na Câmara nesta legislatura. Com 173 deputados, o grupo inclui partidos como o PP do presidente da Casa, Arthur Lira (AL), o União Brasil, o PSB, o PDT e o PSDB.
Líderes da Câmara avaliam que uma gafe como essa poderia até passar batida por Lula, mas dizem que era papel de Padilha, responsável pela articulação política do Planalto com o Congresso, alertar que o relator do projeto na Câmara também deveria ter sido chamado para a cerimônia de sanção.
Deputados desconfiam de uma retaliação de Padilha à cobiça do PP de Lira pela pasta de sua afilhada.
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