Coronel Naime Barreto quer ter o direito de não responder a perguntas na CPMIDivulgação/PM-DF

O coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, ex- chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), solicitou para que não seja obrigado a estar presente na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos terroristas de 8 de janeiro. A defesa também pediu para que ele possa se retirar da comissão no momento que quiser, caso compareça à audiência. O coronel foi convocado pelo colegiado da CPMI para participar da sessão como testemunha nesta segunda-feira, 26.

Os advogados entraram com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o coronel tenha o direito de não responder aos questionamentos para não ter qualquer tipo de “constrangimento”. Eles também pediram para que Naime possa receber orientações jurídicas durante o depoimento.

Se o coronel comparecer na audiência, ele será ouvido sobre a tentativa de invasão ao prédio da Polícia Federal, em Brasília, em dezembro do ano passado. Quem solicitou o depoimento de Naime foi a senadora e relatora da CPMI, Eliziane Gama (PSD-MA).

Uma pessoa quando é convocada para ser testemunha de uma CPMI precisa comparecer e responder a todos os questionamentos. Já quando o cidadão é chamado como investigado, ele tem o direito de ficar em silêncio para não produzir provas contra si.

Preso em fevereiro
O ex-chefe da PM do Distrito Federal recebeu voz de prisão em fevereiro. Ele é suspeito de ter se omitido antes e durante as invasões nos prédios dos Três Poderes. Naime Barreto foi afastado do Departamento Operacional da Polícia Militar no dia 10 de janeiro.
O ex- interventor da Segurança Pública do Distrito Federal Ricardo Cappelli acusou Naime de ter demorado de forma proposital para que fosse feita a linha de contenção da PM.