Soraya Thronicke vai para o PodemosReprodução
Soraya manteve bom relacionamento com lideranças do UB, principalmente Luciano Bivar, presidente da sigla. Não por acaso, seu marido continuará na direção da legenda no Mato Grosso do Sul, tendo enorme influência nas decisões da agremiação.
Mas Thronicke não quis seguir no União Brasil por conta da proximidade do partido com o governo Lula. A senadora vai se manter como independente e não quer ser obrigada a votar a favor dos projetos do Planalto apenas por fidelidade partidária.
O Podemos se colocou como neutro e pretende seguir neste caminho até o fim. Caso mude se posição, a tendência é que se transforme em oposição.
Por fazer parte de um estado que tem uma grande parcela de eleitores antipetista, Soraya trabalhará para não desagradar sua base, colocando-se como um nome viável para seguir no Senado na eleição de 2026.
A senadora ainda tinha a preocupação de outro nome do União Brasil se colocar à disposição para concorrer ao cargo, tirando-a do páreo. No Podemos, essa chance é vista como remota.
Soraya no Podemos
Esse será o terceiro partido da carreira política de Soraya. Ela iniciou sua trajetória em 2017, quando se filiou ao Novo. No ano seguinte, aceitou o convite do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) para concorrer ao cargo de senadora pelo PSL, até então uma agremiação nanica.
Em 2022, Thronicke apoiou a fusão entre o PSL e o DEM, que ganhou o nome de União Brasil. Por conta da sua proximidade com Luciano Bivar, presidente da sigla, conseguiu viabilizar seu nome para ser candidata à Presidência da República, colocando-se como opositora de Bolsonaro e também do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Soraya terminou a eleição do ano passado em quinto lugar e, apesar de ter sido convidada para fazer parte da campanha de Lula no segundo turno, optou por ser neutra, criticando os dois candidatos que chegaram ao segundo turno.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.