Publicado 23/06/2023 15:47 | Atualizado 23/06/2023 15:54
O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou, nesta sexta-feira, 23, o julgamento de um novo pacote de denúncias contra os envolvidos nos atos golpistas em 8 de janeiro. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, votou pela abertura das ações penais contra os vândalos. Entre os acusados, está Antônio Cláudio Alves Ferreira, que foi flagrado pelas câmeras de segurança do Palácio do Planalto derrubando o relógio histórico trazido ao Brasil por Dom João 6º, em 1808.
Ao todo, os magistrados devem decidir se tornam novos réus 45 pessoas que participaram dos atos. Os casos estão sendo julgados no plenário virtual e os ministros devem apresentar seus votos até dia 26 de junho.
O julgamento também inclui as ocorrências contra Marcelo Fernandes Lima, que teria furtado a réplica da Constituição, e William Lima, gravado com a toga de um ministro do STF.
A Procuradoria Geral da República (PGR) atribuiu crimes como abolição violenta do Estado democrático de Direito, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e golpe de Estado, e o Supremo já tornou réus 1.245 pessoas envolvidas.
A Procuradoria Geral da República (PGR) atribuiu crimes como abolição violenta do Estado democrático de Direito, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e golpe de Estado, e o Supremo já tornou réus 1.245 pessoas envolvidas.
Depoimento de Antônio Cláudio Alves Ferreira
Preso pela Polícia Civil de Minas Gerais no dia 23 de janeiro, em Uberlândia, o bolsonarista Antônio Cláudio Alves Ferreira permaneceu em silêncio durante o depoimento à Polícia Federal (PF). O homem, de 30 anos, destruiu o relógio de Dom João VI exposto no Palácio do Planalto durante os ataques terroristas de 8 de janeiro, em Brasília.
Depois dos atos golpistas protagonizados nas sedes dos Três Poderes, ele mudou-se de Goiânia para Uberlândia e, desde então, passou a ser considerado foragido. Informações coletadas pelos agentes com familiares e vizinhos do mecânico foram fundamentais para descobrir o seu paradeiro.
Antônio Cláudio vestia uma camisa com a imagem do rosto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi flagrado pela câmera de segurança do Palácio do Planalto no exato momento que destruiu o raro relógio de pêndulo, um presente da Corte Francesa para Dom João VI. Com status de obra de arte, ele foi projetado por Balthazar Martinot, o relojoeiro do rei francês Luís XIV. No Palácio de Versalhes, na França, fica a única outra peça existente.
Ficha criminal
Foragido desde o dia dos ataques, Antônio Cláudio Alves Ferreira tem uma ficha criminal extensa, confirmada pelo registro no sistema prisional. Ele teve três processos criminais na Justiça de Goiás, já foi preso duas vezes e teve os casos arquivados após cumprir as sentenças. Os processos são referentes à ameaça, propriedade de uma automóvel, além da prisão em flagrante por tráfico de drogas.
Agora, ele é investigado pelos ataques golpistas do dia 8 de janeiro, em Brasília, e pode responder pelos seguintes crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado;
associação criminosa; incitação ao crime; e destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
Agora, ele é investigado pelos ataques golpistas do dia 8 de janeiro, em Brasília, e pode responder pelos seguintes crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado;
associação criminosa; incitação ao crime; e destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
*Com informações do IG
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