Bolsonarista que quebrou relógio de Dom João VI se cala em depoimento à PF
Com extensa ficha criminal, Antônio Cláudio Alves Ferreira é investigado por pelo menos mais seis crimes após ataque terrorista no DF
Antônio Cláudio Alves apareceu em imagens de câmera de segurança quebrando o raro relógio de Dom João VI, no Palácio do Planalto - Fantástico/Reprodução
Antônio Cláudio Alves apareceu em imagens de câmera de segurança quebrando o raro relógio de Dom João VI, no Palácio do PlanaltoFantástico/Reprodução
Brasília - Preso pela Polícia Civil de Minas Gerais na tarde de segunda-feira, 23, em Uberlândia, o bolsonarista Antônio Cláudio Alves Ferreira permaneceu em silêncio durante o depoimento à Polícia Federal. O homem, de 30 anos, o destruiu relógio de Dom João VI exposto no Palácio do Planalto durante os ataques terroristas de 8 de janeiro, em Brasília. Antônio Cláudio está detido no Presídio de Uberlândia I.
Depois do atos golpistas protagonizados nas sedes dos Três Poderes, ele mudou-se de Goiânia para Uberlândia e, desde então passou a ser considerado foragido. Informações coletadas pelos agentes com familiares e vizinhos do mecânico foram fundamentais para descobrir o seu paradeiro.
Antônio Cláudio vestia uma camisa com a imagem do rosto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi flagrado pela câmera de segurança do Palácio do Planalto no exato momento que destruiu o raro relógio de pêndulo, um presente da Corte Francesa para Dom João VI. Com status de obra de arte, ele foi projetado por Balthazar Martinot, o relojoeiro do rei francês Luís XIV. No Palácio de Versalhes, na França, fica a única outra peça existente.
Ficha criminal
Foragido desde o dia dos ataques, Antônio Cláudio Alves Ferreira tem uma ficha criminal extensa, confirmado pelo registro no sistema prisional. Ele teve três processos criminais na Justiça de Goiás, já foi preso duas vezes e teve os casos arquivados após cumprir as sentenças. Os processos são referentes à ameaça, propriedade de uma automóvel, além da prisão em flagrante por tráfico de drogas.
Agora, ele é investigado pelos ataques golpistas do dia 8 de janeiro, em Brasília, e pode responder pelos seguintes crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado; associação criminosa; incitação ao crime; e destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
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