Ministro da Justiça pede que PF analise discursos de evento com Eduardo Bolsonaro
No domingo, 9, o deputado subiu em um carro de som colocado na frente do Congresso, defendeu alterações a favor do porte de armas e atacou professores, comparando-os a traficantes de drogas
Eduardo Bolsonaro durante ato pró-armas no domingo, 9 - Reprodução/Instagram
Eduardo Bolsonaro durante ato pró-armas no domingo, 9Reprodução/Instagram
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou nesta segunda-feira, 10, que a Polícia Federal investigue os discursos durante um ato armamentista em Brasília, o qual o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) participou no domingo, 9.
Nas redes sociais, Dino escreveu que o objetivo da apuração é "identificar indícios de eventuais crimes, notadamente incitações ou apologias a atos criminosos".
Determinei à Polícia Federal que faça análise dos discursos proferidos neste domingo em ato armamentista, realizado em Brasília. Objetivo é identificar indícios de eventuais crimes, notadamente incitações ou apologias a atos criminosos.
No domingo, 9, Eduardo subiu em um carro de som colocado na frente do Congresso e defendeu alterações na legislação relacionadas ao porte e posse de armas. Durante a fala, ele atacou professores, comparando-os a traficantes de drogas.
“Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar os nossos filhos para o mundo do crime. Talvez o professor doutrinador seja pior”, declarou.
No discurso, o deputado ainda acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é contra a flexibilidade do porte e posse de arma, de querer copiar a Venezuela. “A Venezuela é o país mais violento do mundo e o Brasil vai voltar a caminhar nesse sentido, infelizmente vai roubar muita vida de inocente porque os caras do Ministério da Justiça não querem dar o acesso à legítima defesa a todos nós”.
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