Mauro Cid durante CPMIReprodução/TV Senado
Por uma decisão do Supremo, Cid tem direito ao silêncio sobre as questões relacionadas as investigações que já ocorrem em outros órgãos.
Em fala inicial, antes das perguntas serem feitas, Mauro Cid afirmou:
"Por todo o exposto, e sem qualquer intenção de desrespeitar vossas excelências e os trabalhos conduzidos por esta CPMI, considerando minha inequívoca condição de investigado, por orientação da minha defesa e com base no habeas corpus 229323, concedido em meu favor pelo STF, farei uso ao meu direito constitucional ao silêncio".
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro está preso desde o dia 3 de maio por suspeita de envolvimento em grupo que falsificava dados de vacinação contra a Covid-19 no Ministério da Saúde.
Durante o mandato de Bolsonaro na presidência da República, Mauro Cid prestou a ele assistência direta para assuntos oficiais e pessoais, ocupando o cargo de ajudante de ordens.
Com mais de 20 anos de Exército, Mauro Cid concluiu a Academia Militar das Agulhas Negras em 2000 e fez diversos cursos da carreira militar. Seu objetivo era se tornar general, assim como o pai, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid.
Ajudante de ordens
Em 2018, Mauro Cid iria assumir uma função do Exército nos Estados Unidos, mas foi designado a se tornar ajudante de ordens de Bolsonaro, cargo no qual permaneceu durante todo o mandato do ex-presidente.
As tarefas do tenente-coronel era as mais diversas, desde carregar a pasta de Bolsonaro, filmar o "cercadinho" e gravar lives, até servir de intérprete em conversas com autoridades internacionais, já que Mauro Cid é fluente em inglês e espanhol.
Durante o mandato de Bolsonaro, Mauro Cid também foi designado a executar tarefas complexas. Foi ele quem articulou as tentativas de recuperar as joias sauditas apreendidas no aeroporto de Guarulhos.
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