Sâmia Bomfim afirmou que os deputados bolsonaristas querem calar as representantes da esquerda na comissãoAgência Câmara
A confusão começou quando o deputado Éder Mauro (PL-PA) disse que as deputadas do PSOL faziam parte de um "chorume comunista", solicitando a retirada dos registros taquigráficos, nos quais ele é acusado de tortura.
O deputado General Girão (PL-RN) foi o alvo das críticas de Sâmia, que leu uma manchete de jornal ao qual citava abertura de investigação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, contra o deputado. Girão pediu a palavra e afirmou que a deputada "se aproveita de ser mulher para silenciar os outros e se vitimizar quando lhe convém".
Salles pediu chegou a dizer que os parlamentares deveriam fazer uma representação conjunta contra Sâmia. "Sempre que essa deputada quer se vitimizar, ela diz que está sendo interrompida. Então, esse momento precisa ser registrado", retrucou Salles.
"Não me surpreende que eles tentem me enquadrar no Conselho de Ética. Desde o primeiro dia essa CPI tem sido palco de ofensas, de misoginia e de uma tentativa de criminalização dos movimentos sociais", disse Sâmia Bomfim.
Outro processo no Conselho de Ética
No dia 14 de junho, o Conselho de Ética da Câmara instaurou processos disciplinares para apurar a conduta de seis deputadas da esquerda: Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Célia Xakriabá (PSOL-MG), Fernanda Melchionna (PSOL-RS), Talíria Petrone (PSOL-RJ), Erika Kokay (PT-DF) e Juliana Cardoso (PT-SP).
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, assinou as representações, sob alegação de que as deputadas ofenderam membros da oposição, especialmente Zé Trovão (PL-SC), relator do pedido de urgência, ao gritarem palavras de ordem como “Assassinos do povo indígena!” ainda que com microfone desligado.
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