Presidente Luiz Inácio Lula da SilvaReprodução/Twitter
'Nunca vou precisar de favor pessoal do Zanin porque nunca vou fazer nada errado', diz Lula
Indicação de ex-advogado pessoal do presidente para o STF ainda é motivo de polêmica
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (13) não ser amigo de Cristiano Zanin, que atuou como advogado do petista nos processos da Lava Jato e foi indicado por ele para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). O chefe do Executivo garantiu, ainda, que nunca vai pedir favores pessoais ao futuro ministro e que vai ter com ele uma relação institucional.
"Ele [Zanin] não era amigo, ele era meu advogado. É uma pessoa extremamente capaz. O Zanin foi escolhido porque o Zanin é um homem do presente e um homem do futuro. Ele é muito estudioso, ele é muito competente, muito dedicado e muito sério. Essas foram as razões pelas quais ele foi escolhido. E eu acho que ele vai ser um extraordinário ministro da Suprema Corte. E posso dizer que eu nunca vou precisar de um favor pessoal do Zanin, porque eu nunca vou fazer nada errado", afirmou o presidente em entrevista à RecordTV, exibida nesta noite.
"Quando eu tiver que falar alguma coisa para o Zanin, é o Estado brasileiro falando com um ministro da Suprema Corte. Jamais será o Lula pessoal pedindo um favor a alguém, a quem quer que seja. Esse é o meu comportamento, e isso vai perdurar", completou.
Lula comentou, ainda, sua próxima indicação ao STF, para substituir a ministra Rosa Weber, que vai se aposentar. Segundo o presidente, a pessoa a ser indicada "pode ser uma mulher, pode ser um homem, pode ser um negro". "Não é um compromisso antecipado. Vai depender. Eu já aprendi muito, eu já indiquei muita gente. Eu quero, com muito cuidado, indicar uma pessoa para que o Brasil possa ganhar. Eu quero indicar uma pessoa para que a Suprema Corte possa ganhar, mas uma pessoa séria, garantista, que cumpra a Constituição em definitivo e não invente", ressaltou.
O presidente disse também que "possivelmente" vai conversar com o atual procurador-geral da República, Augusto Aras, e com outras pessoas sobre sua escolha para ocupar a chefia do Ministério Público Federal (MPF). O mandato de Aras termina em setembro.
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