Lula e Macron defendem fim das sanções à Venezuela em troca de eleições livresLUDOVIC MARIN / AFP
Lula e Macron defendem retirada de sanções na Venezuela
Presidente participou de reunião, em Bruxelas, com a presença de Emmanuel Macron, de líderes sul-americanos, da vice-presidente da Venezuela e da oposição a Maduro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da França, Emmanuel Macron, defenderam, após reunião com a vice-presidenta da Venezuela, Delcy Rodríguez, e um dos líderes da oposição do país, Gerardo Blyde, que sanções impostas à Venezuela devem ser levantadas caso o país organize "eleições livres e justas" em 2024. A reunião aconteceu na segunda-feira (17), mas o comunicado oficial sobre o encontro foi divulgado nesta terça-feira (18). Segundo Macron, o a questão foi a "mais importante discutida nesta cúpula".
A reunião ocorreu durante a cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e União Europeia em Bruxelas, na Bélgica, e foi mediada pelos presidentes Lula (PT), Emmanuel Macron, da França, Gustavo Petro, da Colômbia e Alberto Fernández, da Argentina. No texto final, os presidentes solicitaram que "a Venezuela deve ter eleições presidenciais livres em 2024, que incluam o acompanhamento de missões de observadores internacionais" e que as "sanções impostas à Venezuela devem ser levantadas se o país realmente organizar eleições livres e justas".
A Venezuela se prepara para as eleições de 2024. A oposição do governo, porém, alega que as condições para as eleições são "antidemocráticas", com candidatos sendo impedidos pelo governo de assumir cargos públicos, como no caso da ex-deputada Maria Corina Machado, que denunciou, no sábado (15), uma tentativa de agressão feita por apoiadores de Maduro.
A União Europeia enviou observadores para acompanhar as eleições regionais na Venezuela em 2021. Os europeus informaram que as condições eleitorais no país tinham melhorado em comparação às anteriores, mas disseram que ainda havia preocupações sobre a independência do Poder Judiciário no país.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.