Vice-presidente Geraldo AlckminJosé Cruz/Agência Brasil
Após o partido Republicanos manifestar interesse no Ministério dos Esportes e não obter sucesso devido às pressões de jornalistas e lideranças esportivas, a legenda voltou suas atenções para Portos e Aeroportos. Essa mudança trouxe à tona a possibilidade de França ser substituído por Sílvio Costa Filho.
No entanto, Alckmin entrou em ação para assegurar a permanência do ministro. Em um gesto de apoio, o vice-presidente considerou a possibilidade de abrir mão de seu próprio cargo como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, para que França pudesse continuar à frente de Portos e Aeroportos.
A atuação de Alckmin demonstra sua influência política e sua disposição em interceder em favor de um dos seus maiores aliados. A preservação do cargo de França é considerada estratégica dentro das negociações em andamento, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca consolidar alianças com partidos do Centrão, como PP, Republicanos e parte do PL.
Lula, por sua vez, tem buscado manter a calma e reforçado seu compromisso em negociar com cada partido individualmente. A expectativa é que decisões sobre uma possível reforma ministerial sejam tomadas somente a partir de agosto, quando encerra o recesso parlamentar.
O presidente já promoveu mudanças no Ministério do Turismo, demitindo Daniela Carneiro e nomeando Celso Sabino, atendendo a uma reivindicação do partido União Brasil.
Alckmin e Márcio França
Em 2021, Alckmin saiu do PSDB e França foi o principal articulador para levar o aliado político para o PSB. Márcio também trabalhou internamente, junto com Fernando Haddad (PT-SP), para que Geraldo se tornasse vice da chapa de Lula.
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