O médico foi preso durante o expediente na unidade de saúdeGoogle Street View/Reprodução
De acordo com o depoimento da vítima, ela teve uma enxaqueca e procurou a Policlínica e Maternidade Arnaldo Marques, no bairro do Ibura, Zona Sul do Recife, em busca de tratamento. Durante o atendimento, ela conta que teve as partes íntimas tocadas pelo acusado.
Diante da queixa registrada na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, o médico foi afastado de suas atividades pela Prefeitura do Recife, mas permaneceu em liberdade. Somente com o surgimento das outras duas denúncias a investigação avançou e obteve provas contra o suspeito.
Diante disso, a 15ª Vara Criminal da Capital expediu um mandado de prisão preventiva e outro de busca e apreensão na casa do médico, que vive no bairro de Candeias, também em Jaboatão. Lá, foram apreendidos computadores e smartphones que, de acordo com a polícia, contém mensagens trocadas entre o acusado e as vítimas.
Em maio, a Polícia Civil revelou o caso de outro médico, um cardiologista de 74 anos que também foi indiciado por violentar uma paciente durante sua consulta, em uma clínica particular no Recife.
O caso aconteceu em dezembro de 2022. A vítima, uma atendente de padaria de 50 anos, contou à polícia que foi abusada durante a realização de um exame em que o médico estava aferindo sua pressão arterial.
A vítima estava sozinha com o acusado na sala da clínica, e contou que o médico “esticou meu braço e botou perto da parte genital dele". "Puxei, porque achei estranho, mas senti o órgão genital. Ele ficou com ereção. Na hora senti vontade de sair dali e destruir tudo, fiz 'cara' feia para ele perceber que não gostei. Depois do exame, ele se aproximou, disse que meu coração estava ótimo e saiu", disse a paciente na época do crime.
O suspeito foi indiciado por violação sexual mediante fraude, crime que consiste na “conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém, mediante meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima”, e prevê uma pena de até seis anos de prisão. Os nomes do profissional e da vítima permanecem em sigilo porque o processo corre em segredo de justiça.
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