Ministra da Igualdade Racial, Anielle FrancoReprodução/Agência Brasil
Conselhão instala comissão de combate à desigualdade
Colegiado acompanhará ações e políticas públicas referentes à questão
O Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), conhecido como Conselhão, instalou, nesta quinta-feira, 27, a Comissão de Combate às Desigualdades.
Durante o evento de instalação da comissão, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o objetivo do colegiado é acompanhar e aconselhar a realização das políticas públicas de combate à desigualdade no país.
"É possível, além de debater, construir propostas para o presidente da República, para o governo federal, agendas para a sociedade e para o Congresso Nacional, o Conselhão ser um espaço de encontro de iniciativas concretas que mudem também a realidade das nossas empresas, das nossas entidades, sindicatos e movimentos sociais", afirmou.
Durante os debates, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, disse que o combate à desigualdade passa pela inclusão dos direitos das mulheres. A ministra citou dados que mostram aumento da taxa de desocupação entre mulheres de 9,5 % (2019) para 11,6% (2022). "Na taxa de desocupação, as mulheres são as primeiras a serem demitidas e as primeiras a serem excluídas do mundo e do mercado de trabalho", afirmou.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco (foto), fez um balanço dos primeiros meses de gestão e disse que encontrou uma situação de "terra arrasada" ao assumir a pasta do governo anterior. "Quando encontramos a antiga Seppir [Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial], que passa a ter o status de Ministério da Igualdade Racial, a gente literalmente encontra uma terra arrasada, desde questões financeiras até as questões de políticas públicas que estavam sem os investimentos necessários."
Durante a reunião, um acordo para viabilizar ações conjuntas foi assinado entre o Ministério da Igualdade Racial, a Secretaria de Relações Institucionais e o Banco do Brasil.
O Conselhão foi criado em 2003, no primeiro mandato de Lula, e funcionou até ser extinto em 2019. Em maio deste ano, Lula assinou o decreto que retomou o trabalho do órgão, que reúne 247 representantes de diversos seguimentos da sociedade.
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