Polícia MilitarMarcello Casal Jr/Agência Brasil
O balanço de mortos na Operação Escudo, iniciada no fim de semana e ainda em andamento na Baixada Santista, aumentou de 14 para 16 nas últimas horas, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
Outras 19 mortes foram registradas em ações semelhantes entre sexta e segunda-feira na Bahia.
O objetivo da ação no conjunto de favelas na zona norte do Rio era "localizar e prender integrantes de facções criminosas" da região, cujos líderes se reuniriam nesta quarta, segundo informações de Inteligência que guiaram a operação, informou a nota da Polícia Militar.
A polícia disse ainda que os agentes "foram atacados a tiros" por indivíduos armados e que houve confronto.
Um policial militar ficou ferido, mas se encontra em situação "estável".
Na operação, foram apreendidos sete fuzis, munições e granadas.
Contra o crime organizado
Em resposta, as forças de segurança lançaram a chamada Operação Escudo contra o crime organizado, na qual houve 58 prisões e uma quantidade crescente de mortos que gera cada vez mais denúncias de excessos por parte dos policiais.
Um protesto contra a violência policial foi convocado para a tarde desta quarta no Guarujá, e outro será realizado na sexta-feira em frente à Secretaria de Segurança Pública de SP.
Segundo nota da Secretaria de Segurança paulista, todas as mortes “resultaram da ação dos criminosos que optam pelo confronto”.
O governador de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministro do ex-presidente Jair Bolsonaro, defendeu na segunda-feira a ação policial diante do tráfico de drogas que diz ter tomado a Baixada Santista.
Ele reforçou o “patrulhamento ostensivo” na área, onde a violência continuou na terça-feira, quando “dois PMs foram atacados a tiros”, apontou a Secretaria.
Até o momento, foram apreendidos 100 kg de drogas e 18 armas de fogo, entre pistolas e fuzis.
Na Bahia, estado governado por Jerônimo Rodrigues (PT), uma operação policial lançada na última sexta-feira resultou na morte de sete "suspeitos" na cidade de Camaçari, 50 km ao norte de Salvador.
Em 2022, o Brasil registrou 6.429 mortes nas mãos da polícia, o que equivale a 17 por dia, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.