O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que fará mudanças em seu gabinete para acomodar os partidos PP e Republicanos em seu governo. Como resultado, Márcio França (PSB-SP) está na mira para deixar o Ministério de Portos e Aeroportos, o que tem causado incomodo em Geraldo Alckmin (PSB-SP).
O vice-presidente Geraldo Alckmin já comunicou a Lula que não deseja a saída de França do Ministério de Portos e Aeroportos. Em apoio à sua posição, ele também se colocou à disposição para deixar o cargo de Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Lula pondera que a saída de Alckmin do ministério pode ser interpretada como um ato de desprestígio, portanto, não é favorável à ideia. Contudo, o vice-presidente tem uma perspectiva diferente, acreditando que todos devem pensar no bem-estar do governo e que ele pode ser realocado em outros setores, como chefiar o PAC.
O motivo da possível demissão de Márcio França é o pedido do partido Republicanos por um ministério, inicialmente pleiteando o Ministério de Esportes, mas a proposta foi descartada por Lula.
O presidente ainda não definiu quais mudanças serão promovidas, mas já anunciou que as alterações começarão a partir da próxima semana. A situação permanece em aberto e aguarda-se uma definição em relação à posição de Márcio França no governo.
Márcio França e Alckmin
Em 2014, Alckmin e Márcio França disputaram o governo de São Paulo como candidato principal e vice, respectivamente, e se tornaram vitoriosos. Os dois trabalharam juntos até 2018, quando Geraldo renunciou o cargo para concorrer à Presidência e o atual ministro de Portos e Aeroportos virou o chefe do Executivo paulista.
Em 2021, Alckmin saiu do PSDB e França foi o principal articulador para levar o aliado político para o PSB. Márcio também trabalhou internamente, junto com Fernando Haddad (PT-SP), para que Geraldo se tornasse vice da chapa de Lula.
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