O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, sugeriu que fosse criada uma espécie de "OTAN Amazônica", além de um tribunal internacional na região para julgar crimes que vão contra a proteção da floresta. A ideia de Petro foi apresentada nesta terça-feira, 8, na Cúpula da Amazônia, que acontece em Belém, no Pará.
O presidente completou dizendo que é favorável à formação de um tratado militar e judicial neste caso. "Uma Otan Amazônica, para interditar o que for contra a Floresta Amazônica, respeitando nossas soberanias”, esclareceu.
Petro propôs ainda que fosse feito um centro comum de pesquisa científica florestal. "Do que vai viver uma cidade tão grande como esta [Belém]? Tem de ser da bioeconomia, mas isso não vai aparecer sem pesquisa”, disse.
Ele defende que a medida de desmatamento zero não é suficiente caso a Amazônia chegue a um ponto irreversível. Segundo Petro "a solução é abandonar carbono, petróleo e gás”.
Ao final do encontro, nesta quarta-feira, 9, é esperado que seja redigida a Carta de Belém, que estabelecerá uma nova agenda comum entre os países participantes. Nela, o desenvolvimento sustentável da Amazônia deverá ser conciliado com a proteção do bioma e da bacia hidrográfica, inclusão social, fomento de ciência, tecnologia e inovação e o estímulo à economia local e valorização dos povos indígenas, comunidades locais e tradicionais e de seus conhecimentos ancestrais.
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