Frederick Wassef é advogado da família BolsonaroReprodução/GloboNews

A Polícia Federal (PF) abriu uma operação na manhã desta sexta-feira (11) para investigar suposto grupo que teria tentado vender bens entregues a autoridades brasileiras em missões oficiais. Entre os alvos está o advogado Frederick Wassef, que representou o ex-presidente Jair Bolsonaro perante a Justiça.
Também é alvo da ação da PF o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, e seu pai, o general Mauro César Lourena Cid.

De acordo com a PF, os montantes "obtidos das vendas foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, por meio de laranjas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores".

A operação, batizada Lucas 12:2 vasculha quatro endereços em Brasília, São Paulo e Niterói (RJ). São investigados supostos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. As ordens foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes no bojo do inquérito das milícias digitais.
Wassef e a família Bolsonaro
Frederick Wassef já representou a família Bolsonaro em uma série de casos, como no caso da facada, em 2018, o caso da 'rachadinha', no qual defendeu Flávio Bolsonaro, filho do presidente no processo criminal sobre um esquema de peculato envolvendo funcionários de seu gabinete quando ele era deputado estadual do Rio de Janeiro. Wassef também representou Bolsonaro no caso das joias que teriam sido recebidas pelo chefe de Estado da Arábia Saudita.
Crime de peculato
O crime de peculato é um delito que envolve a apropriação indevida de dinheiro, bens ou valores públicos por parte de um funcionário público que detém a posse, guarda, administração ou gerenciamento desses recursos.
Em outras palavras, o peculato ocorre quando um agente público desvia para si mesmo ou para terceiros, de forma ilegal, recursos que estão sob sua responsabilidade em razão do cargo que ocupa.
Com informações do Estadão Conteúdo.