Maciel é investigado por estelionato e venda ilegal de armasFacebook/Reprodução
A Polícia Civil do Distrito Federal também identificou que além de ter 10 números de CPF, o investigado ainda tentou emitir um segundo RG, mas não conseguiu porque sua biometria já constava no banco de dados.
Para os investigadores, o objetivo de Maciel Alves de Carvalho era passar "falsa credibilidade à sociedade", por meio da ocultação de seus “extensos antecedentes criminais” e, dessa forma, conseguir o registro que lhe permitia possuir, portar e comercializar armas de fogo através das redes sociais e em lojas físicas.
"Desde o ano de 2016, Maciel Alves de Carvalho vem utilizando documentos falsos (RGs e CPFs) em diversos órgãos do Distrito Federal e do restante do país, inclusive junto à Polícia Civil do Distrito Federal, Cartórios, DETRAN, dentre outros, a fim de ocultar seus extensos antecedentes criminais e passar falsa credibilidade à sociedade, para possuir, portar e comercializar arma de fogo via redes sociais e loja física (em nome de pessoa interposta), bem como promover cursos e treinamentos com armas curtas e armas longas, de uso permitido e restrito", diz trecho do inquérito policial.
O influencer foi indiciado por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, comércio ilegal de arma de fogo e posse irregular de arma de fogo de uso permitido. A defesa de Maciel alega que "a narrativa da autoridade não condiz com a verdade, e será esclarecido perante a autoridade competente".
Durante a operação Succedere, em março deste ano, a Polícia Civil do Distrito Federal cumpriu 13 mandados em Brasília, Goiás, Minas Gerais e São Paulo, investigando a criação de sete empresas fraudulentas usadas para "suprimir tributos sobre a circulação de mercadoria", ou seja, sonegação de impostos.
Os investigadores alegam que um grupo familiar — cujos nomes não foram divulgados — seria o beneficiário final do esquema. A polícia aponta que o grupo atuava com uma clara divisão de tarefas, nas quais os contadores davam “vida” às pessoas jurídicas; os estelionatários usavam documentos falsos para aparecerem como sócios das empresas de fachada; e, por fim, os laranjas emprestavam dados bancários para movimentar o dinheiro.
Em um dos endereços comerciais dele, segundo a polícia, funcionava uma loja irregular de armas, acessórios e munição. Foram apreendidas 15 pistolas 9 mm e dois rifles de calibre 22, avaliados em R$ 75 mi, além de mais 200 munições, celulares, computadores e documentos.
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