O aluno atingido por um aparelho de musculação em uma academia de Juazeiro do Norte, no Ceará, no dia 4 de agosto, voltou a ter sensibilidade nas pernas. Em entrevista ao portal "G1', Regilânio da Silva Inácio afirmou que consegue sentir o toque na parte externa de ambas as coxas.
Regilânio, de 42 anos, foi atingido nos ombros e nas costas pelo aparelho de 150 kg, que caiu sobre seu corpo. Ele sofreu uma lesão gravíssima na coluna. O motorista de aplicativo, pai de três filhos, contou que um dos primeiros reflexos foi pensar nas possíveis sequelas em decorrência do acidente.
"Assim que eu recebi a pancada, eu senti a gravidade. Eu nunca vi uma dor daquela, insuportável", disse. "Já veio logo na cabeça que eu não ia ter mais possibilidade de andar”, completou.
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Internado no Hospital Santo Antônio, de Barbalha, município vizinho, ele passou por uma cirurgia de urgência. No procedimento, com duração de cerca de 4h, os médicos fixaram hastes e 12 parafusos na região da coluna dele. A avaliação dos médicos foi de que teria poucas chances de voltar a andar.
"Me passam que tenho 1% de chance, mas enquanto eu vir uma 'luzinha' no fim do túnel, vou estar correndo atrás dela. Não vou desistir, vou voltar a andar", disse que recebeu alta seis dias após o acidente.
Ele não tinha sensibilidade da cintura para baixo, mas recuperou após as sessões de fisioterapia que iniciou após o ocorrido.
"Já consegui perceber diferença na sensibilidade. Após a cirurgia, eu não sentia nada da cintura para baixo. Agora, já estou sentindo na lateral (parte externa) das coxas. A sensibilidade, a cada dia que passa, está aumentando. Se alguém toca, passa o dedo, eu já sinto", declarou.
Regilânio explicou que faz fisioterapia de segunda a sexta, com três profissionais diferentes. Um focado no fortalecimento do tronco, outro nas pernas e mais um para questões de acessibilidade. Em alguns dias da semana, ele também faz fisioterapia mais de uma vez por dia.
"Eu estou gostando muito e os fisioterapeutas estão bem confiantes. Eles dizem que estou reagindo muito bem. Eles estão bem otimistas", disse.
"No fim de semana, infelizmente, eu fico triste porque queria (fisioterapia) todo dia mesmo. No dia que não tem, eu até choro. Graças a Deus, (a sensibilidade) está voltando. Aos pouquinhos, porque é um processo lento", acrescentou.
Desde os primeiros dias no período pós-cirúrgico, Regilânio demonstrou otimismo com a possibilidade de voltar a andar, sempre colocando como prioridade retomar completamente o movimento das pernas.
"O meu objetivo é voltar a andar. O que tenho na minha cabeça é isso. Sei que é um processo lento, mas só penso nisso. Não penso em outra coisa", declarou.
"Antes, eu tinha vários planos. Agora, meu único plano, único objetivo, é voltar a andar. Meus planos pararam todos no dia 4 deste mês", concluiu Regilânio.
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