Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair BolsonaroGeraldo Magela / Agência Senado
As informações do relatório da PF serviram como base para a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira, 25, que determinou que Mauro Cid não se comunique com Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, além de outros indivíduos que estão sob investigação.
De acordo com os investigadores, em "análise parcial dos dados armazenados" no celular de Cid e da esposa dele, foram identificadas "várias mensagens postadas em grupos e chats privados do aplicativo WhatsApp, em que os interlocutores, incluindo militares da ativa, incentivam a continuidade das manifestações antidemocráticas e a execução de um golpe de Estado após o pleito eleitoral de 2022, inclusive com financiamento aos atos ilícitos".
Para a PF, Mauro Cid "reuniu documentos com o objetivo de obter o suporte jurídico e legal para a execução de um golpe de Estado", além de ter compilado estudos que "tratam da atuação das Forças Armadas para Garantia dos Poderes Constitucionais e GLO".
"Apesar de não terem obtido êxito na tentativa de golpe de Estado, a atuação dos investigados, possivelmente, foi um dos elementos que contribuíram para os atos criminosos ocorridos no dia 08 de janeiro de 2023", afirma o relatório.
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