Lula disse que o Brasil deve um pedido de desculpas a DilmaReprodução: Canal GOV

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste sábado, 26, que é preciso discutir uma forma de reparar a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), após o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, sediado em Brasília, manter o arquivamento da ação sobre as "pedaladas fiscais". 
"Na semana passada, a Justiça Federal em Brasília absolveu a companheira Dilma da acusação que ela tinha sido feito da pedalada. A Dilma foi absolvida e eu agora vou discutir como é que a gente vai fazer", disse Lula durante entrevista a jornalistas na Angola, onde cumpre agenda política.
"Não dá para reparar o direito político porque se ela quiser voltar para ser presidente, eu quero terminar o meu mandato", brincou. "Mas é preciso saber como que se repara uma uma coisa que foi julgada por uma coisa que não aconteceu", completou o presidente.

Na sexta-feira, 25, Lula já havia dito que o Brasil deve um pedido de desculpas à ex-presidente. "O fato da presidente Dilma ter sido absolvida pelo Tribunal Federal de Brasília demonstra que o Brasil deve desculpas à presidente Dilma, porque ela foi cassada de forma leviana", afirmou.

Dilma e as 'pedaladas fiscais'
Na última segunda-feira (21), o TRF-1 decidiu manter o arquivamento de uma ação de improbidade contra a ex-presidente Dilma Rousseff sobre o caso das "pedaladas fiscais".
A ação, aberta pelo Ministério Público Federal (MPF), acusa Dilma e outros integrantes do seu governo de improbidade (ato ilegal ou contra os princípios da administração pública cometido por agente público) pelo suposto uso de bancos públicos para "maquiar" resultados fiscais do governo. A prática ficou conhecida como "pedaladas fiscais".
No ano passado, um julgamento em primeira instância já havia decidido pelo arquivamento da ação, mas o MPF recorreu da decisão. Agora, o TRF-1 confirmou o arquivamento. As alegadas "pedaladas fiscais" foram usadas como argumento para, em 2016, o Congresso Nacional aprovar o impeachment da então presidente Dilma Rousseff.