Amauri Ribeiro é investigado pela PF por financiar atos golpistas em BrasíliaHellen Reis/Alego

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 29, a 15ª fase da Operação Lesa Pátria, com o objetivo de identificar pessoas que incitaram, participaram e fomentaram os fatos ocorridos em 8/1 em Brasília, no Distrito Federal. Deputado pelo União Brasil, Amauri Ribeiro (GO) é o principal alvo das investigações. 
São cumpridos dois mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal, contra o parlamentar, em Goiânia/GO e Piracanjuba/GO. Um celular pertencente ao deputado foi apreendido pela Polícia Federal. 
Ribeiro é investigado por supostos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.
Ajuda nos acampamentos golpistas
Durante sessão ordinária da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), em julho, Amauri Ribeiro afirmou ter auxiliado os acampamentos bolsonaristas, tanto financeiramente como levando suprimentos, em frente ao Quartel-General do Exército, no Distrito Federal. 
"Eu ajudei, levei comida, levei água e dei dinheiro. Eu acompanhei lá e também fiquei na porta porque sou patriota", disse o deputado na época.
A afirmação foi uma resposta ao deputado Mauro Rubem (PT-GO), que perguntou sobre o financiamento dos atos antidemocráticos, ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília.
Ele, então, rebateu o questionamento do petista. "Respondendo a sua pergunta, o dinheiro não veio de fora, veio de gente que acredita nessa nação, que defende esse país e que não concorda com esse governo corrupto e bandido", afirmou.
Durante pronunciamento, Ribeiro também defendeu Benito Franco, militar da ativa da Polícia Militar de Goiás (PM-GO), que foi preso em 19 de abril em desdobramento da Operação Lesa Pátria.

"A prisão do Coronel Franco é um tapa na cara de cada cidadão de bem neste estado. Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso. Eu ajudei a bancar quem estava lá. Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha, na visão de vocês", acrescentou.
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