Atos Golpistas: relatora da CPMI diz que houve plano para segurança no 8/1 'dar errado'
Fala de Eliziane Gama (PSD-MA) aconteceu após ex-comandante da PMDF optar por ficar em silêncio e não responder a quase nenhuma pergunta feita pelos parlamentares
Senadora e relatora da CPMI do golpe, Eliziane Gama - Lula Marques/ Agência Brasil
Senadora e relatora da CPMI do golpe, Eliziane GamaLula Marques/ Agência Brasil
Nesta terça-feira, 29, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, disse que houve um planejamento por parte da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) para que o esquema de segurança no dia 8 de janeiro desse "errado".
Na ocasião, Eliziane afirmou que as informações obtidas pela comissão indicam que o efetivo de segurança separado para o dia 8 de janeiro ficou abaixo do planejado e que os policiais que foram enviados à Esplanada dos Ministérios eram alunos do curso de formação.
"Se colocou um baixo efetivo, um baixo efetivo sem condições técnicas suficientes para isso e, ainda sem comando. Ou seja, não tinha como dar certo. Foi planejado, simplesmente, para dar errado", disse ela. O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que Vieira ficassem em silêncio e que não fosse submetido ao compromisso de dizer a verdade na CPMI. A decisão ocorreu após pedido da defesa do coronel.
O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que Vieira ficassem em silêncio e que não fosse submetido ao compromisso de dizer a verdade na CPMI. A decisão ocorreu após pedido da defesa do coronel.
"Fiquei consternado ao ver vândalos, verdadeiros terroristas, depredando prédios públicos e patrimônio histórico, e atacando instituições de nosso país, que sempre protegi com muita dedicação. Jamais compactuei, assenti, participei ou permiti que atacassem nosso Estado Democrático de Direito", afirmou o militar.
O ex-comandante-geral da PMDF foi exonerado do cargo no dia seguinte aos ataques e, em 10 de janeiro, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, decretou sua prisão preventiva. Após analisar o relatório da defesa, que alegava que o coronel não teve envolvimento na omissão dos atos, Moraes determinou a soltura dele.
Ele, porém, foi preso em 18 de agosto, após ser alvo de mandados de busca e apreensão da Polícia Federal, na Operação Incúria, que investiga omissão de autoridades na contenção dos ataques.
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