Qualquer pessoa entre 2 e 80 anos pode ser doadora de córneaPixabay
Apesar do tempo na fila poder chegar a mais de um ano, a ordem na espera pode variar bastante, explica Dr. Luiz Brito, chefe da especialidade de Córnea do H.Olhos - Hospital de Olhos. “No Estado de São Paulo, por exemplo, o tempo pode ser de três meses até dois anos, dependo da região em que o paciente está inscrito”, diz ele.
A boa notícia é que qualquer pessoa entre 2 e 80 anos pode ser doadora de córnea. Após manifestação de interesse, é realizada uma triagem. Diante da aplicação de questionário ao grupo familiar, é feita uma análise do histórico médico da família e, posteriormente, a coleta de exames de sangue para dar prosseguimento aos procedimentos necessários.
O paciente deve se inscrever no próprio serviço de saúde, onde deverá realizar o transplante. Seja pelo SUS, convênio ou particular, a fila é única. Existe, porém, a possibilidade de priorização, preenchendo alguns critérios, que incluem avaliação da câmara técnica da Secretaria de Saúde do Estado.
Segundo Brito, as filas podem diminuir se houver uma melhora na logística envolvendo os transplantes: “O ideal seria a distribuição entre os Estados, a exemplo do que ocorre com alguns órgãos, para tentar equalizar a diferença das filas, em parceria com o Serviço Nacional de Transplante (SNT). Porém, por inabilidade logística, que é da responsabilidade do Serviço Nacional de Transplante, a distribuição de córnea é bem regionalizada e injusta, inclusive no estado de São Paulo”, explica o médico.
Quem tem prioridade
Segundo o especialista do H.Olhos, existem critérios para identificar quais pacientes devem ter prioridade no recebimento de transplante de córnea:
- Crianças abaixo de 7 anos com Opacidade Corneana Bilateral (perda de transparência na córnea)
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