Bolsonaro levou uma facada na região da barriga durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG)Reprodução
Bolsonaro disse que na sua gestão "redescobrimos o Brasil", trazendo um dos bordões da campanha - "Deus, Pátria, Família e Liberdade". "Com 5 anos hoje, todo o meu sofrimento (perseguições) e dos que estão ao meu lado (parentes, amigos e brasileiros desconhecidos) não está sendo em vão", disse o ex-presidente nas redes sociais.
Com as declarações, Bolsonaro publicou um vídeo de manifestações de apoio ao seu governo, incluindo o 7 de setembro de 2022, durante a última campanha eleitoral. Na música de fundo, toca a "Canção do Expedicionário", um dos hinos do Exército brasileiro
- 06 de setembro de 2018/ 2023.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) September 6, 2023
- 05 anos da tentativa de homicídio em Juiz de Fora/MG (2018).
- Pedi a Deus que a minha filha Laura, então com 7 anos, não ficasse órfã.
- Ele me atendeu (sou- Lhe eternamente grato), ... o preço foi muito alto: a Presidência da República… pic.twitter.com/uTKBXLXIX0
Foto de calendário
O atentado de que Bolsonaro foi vítima no dia 6 de setembro de 2018, quando estava em campanha na cidade de Juiz de Fora (MG), se tornou um tema frequente do bolsonarismo.
No dia em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu por tornar Bolsonaro inelegível, no final de junho, Fábio Wajngarten, advogado e ex-secretário de Comunicação da Presidência, publicou uma foto de Bolsonaro sem camisa, mostrando a cicatriz da facada.
Dias mais tarde, o registro fotográfico se tornou capa de calendário na "Bolsonaro Store". O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) divulgou nas suas redes sociais, no dia 12 de agosto, o novo produto, que é vendido por R$ 49,90 (versão de mesa) e R$ 59,90 (versão para pregar na parede).
Caso das joias
O cerco tem se apertado em torno de Jair Bolsonaro e a expectativa é de que o 7 de setembro deste ano seja mais tímido do que o do ano passado, quando as comemorações da Independência se misturaram ao clima de campanha. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elaborou uma programação para a data e tem buscado resgatar símbolos do País que foram atrelados ao seu opositor político.
O ex-presidente é suspeito de coordenar e se beneficiar de um esquema internacional de venda de joias e objetos de alto valor que recebeu como presentes durante a sua passagem pela Presidência da República.
Na quinta-feira passada, 31, ele e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foram convocados a depor perante a Polícia Federal sobre o caso. Os dois optaram pelo silêncio. Além deles, Wajngarten, Frederick Wassef, Mauro Cid (filho), Mauro Lourena Cid (pai), Osmar Crivelatti e Marcelo Câmara também foram intimados para depoimentos simultâneos. O conteúdo das oitivas está sob segredo de Justiça.
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