Rio - O feriado de 7 de Setembro, primeiro sob o atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi marcado por desfiles cívico-militares nas principais capitais e cidades do país. Não foram registrados incidentes e o clima de tranquilidade prevaleceu, mesmo com espaço para atos contra e a favor do governo.
Pacificada, Brasília registrou público menor em comparação ao regime de Jair Bolsonaro (PL), marcado pela tensão política. Nas redes sociais, políticos e influenciadores bolsonaristas, muitos deles alvos de investigação da Justiça e de operações da Polícia Federal, ironizaram o desfile em Brasília, classificado como 'esvaziado'.
Na primeira comemoração de 7 de Setembro desde o início de seu mandato, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, oficial da reserva do Exército, desfilou em um blindado da Força e se esquivou da imprensa. Na véspera, seu partido, o Republicanos, embarcou de vez no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o deputado Silvio Costa Filho (PE), que será ministro de Portos e Aeroportos.
Tarcísio repetiu o gesto do ex-governador do Rio Wilson Witzel e do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que também já desfilaram em veículos militares. 'Concentração' de extremistas pediam um golpe militar após a derrota de Bolsonaro, nas urnas, o Comando Militar do Leste, no Centro do Rio, voltou a ser o palco do desfile cívico-militar na Avenida Presidente Vargas. Em dia chuvoso, o evento teve um público pequeno.
O desfile militar do Dia da Independência terminou sem intercorrências em Belo Horizonte. Pela Avenida Afonso Pena, 3.800 militares e 166 viaturas das forças de segurança do estado desfilaram por quase duas horas.
Grito dos Excluídos
Organizada por movimentos populares e sindicatos, a manifestação do Grito dos Excluídos completou 29 anos com tema "Você tem fome e sede de quê?". Atos públicos, caminhadas e mobilizações populares ocorreram em diversos estados brasileiros. Os protestos foram contra a violência e chamaram a atenção para problemas sociais.
No Rio, os manifestantes protestaram contra a violência policial no estado. Famílias que perderam os membros em confrontos levaram cartazes e faixas. O grupo pediu a busca de soluções para uma vida mais segura. Em São Paulo, o ato ocupou as faixas da Avenida Paulista, onde teve início a passeata até a região do Ibirapuera.
Em Curitiba, um grupo de indígenas participou e se manifestou contra o marco temporal. Em Fortaleza, um grupo levou cartazes e faixas pedindo pela vida de todas as mulheres. Em Belo Horizonte, o grupo se reuniu em uma praça na região central e caminhou por diversas ruas até uma ocupação em um aglomerado.
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