Equipes de resgate buscam por desaparecidosfoto Divulgação Defesa Civil do RS
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na Índia para a cúpula do G20, enviou seu vice-presidente Geraldo Alckmin às regiões afetadas, onde deve chegar no domingo com uma delegação ministerial. "Estamos atuando em todas as frentes", escreveu Lula na rede social X (antigo Twitter).
As chuvas intensas e os fortes ventos obrigaram mais de 10 mil pessoas a deixarem suas casas. No total, há mais de 135 mil pessoas afetadas, segundo o último balanço.
Pelo menos 41 pessoas morreram nas regiões castigadas desde a segunda-feira pelo ciclone, o mais recente de uma série de desastres climáticos nos últimos meses no país, o mais mortal no Rio Grande do Sul.
Em Muçum, a localidade mais afetada com ao menos 15 mortos, cerca de 30 pessoas seguiam desaparecidas, segundo a mídia local.
As Forças Armadas mobilizaram oito aeronaves, além de maquinários e 500 efetivos para ajudar nos trabalhos, disse Alckmin. Mas o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, já fez menção a possíveis obras de reconstrução, calculando cerca de R$ 100 milhões serão necessários para recuperar a infraestrutura rodoviária. "Vamos garantir a reconstrução dessas cidades, dessa infraestrutura e da vida dessas pessoas", afirmou em conferência de imprensa.
O Brasil sofre fenômenos extremos frequentes e os cientistas apontam para um vínculo com os efeitos do aquecimento global. "Tudo isso é resultado das mudanças climáticas", disse Alckmin.
Em junho, um ciclone deixou ao menos 13 mortos também no Rio Grande do Sul, enquanto milhares de pessoas foram deslocadas ou perderam suas casas. Em fevereiro, 65 pessoas morreram por deslizamentos causados por chuvas recordes que afetaram São Sebastião, no litoral norte de São Paulo.
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