Lula participará da Cúpula do G77 + China em Cuba Ricardo Stuckert/PR
Este ano, sob a presidência de Cuba, o encontro do G77 + China terá o tema “Desafios Atuais do Desenvolvimento: Papel da Ciência, Tecnologia e Inovação”.
O secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Carlos Márcio Cozendey, esclareceu que o Brasil foi um dos fundadores desse grupo e comentou a atuação dos países nos dias atuais. “O grupo não tem tanta participação nos temas mais diretamente ligados à política, segurança. A atuação mais ativa é nas temáticas econômicas e sociais das Nações Unidas. É uma maneira dos países em desenvolvimento adquirirem um poder de barganha mais amplo”.
Cozendey acrescentou que o Brasil tradicionalmente se articula nas negociações do grupo e tem sido bastante ativo.
Declaração em Cuba
De acordo com o diretor do MRE, os termos da declaração foram negociados, praticamente na íntegra, em Nova Iorque e aprovados previamente pelas alegações, no começo dessa semana.
Mazza apontou que entre os diversos pontos que constarão na declaração, o desenvolvimento e fortalecimento da Cooperação Sul-Sul deve ser a base do intercâmbio dentro do G77+China.
“Há uma série de preocupações como incentivar e imobilizar mecanismos, instituições e programas para aprimorar a Cooperação Sul-Sul, entre países em desenvolvimento, mesmo as que já existem, pois precisam ser fortalecidas”.
O diretor considera que o Brasil tem um papel especialmente relevante. “Considerando que entre esses países, o Brasil é um dos que tem capacidades e estrutura no seu sistema nacional de ciência, tecnologia e inovações relevantes. Então, tem condições de dar sua contribuição neste processo”.
A declaração deve, ainda, instituir 16 de setembro como o Dia da Ciência Tecnologia e inovação no sul global. E há ainda a previsão de que os ministros Ciência e Tecnologia e Inovação do bloco passem a se reunir a cada três anos para enfatizar a cooperação dos países nessas agendas comuns.
Cuba
A troca da presidência do G77 + China ocorrerá em janeiro de 2024 e Uganda assumirá o posto.
Sanções a Cuba
Ele ratificou a posição do Brasil na condenação às sanções unilaterais à Cuba há várias décadas. “Os países que adotaram sanções unilaterais em relação à Cuba não atingiram seus objetivos, porém, criaram enormes dificuldades para a população cubana. Então, assim como outros países da região, nós temos uma posição tradicionalmente bastante crítica desse regime”.
Após o encontro em Havana, o presidente Lula seguirá para Nova Iorque, nos Estados Unidos, para participar da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).
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